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PUBLICADO 22/05/2021 ÚLTIMA ALTERAÇÃO 06/10/2021 AUTOR Ascom Dep. Jurailton Santos
Respondendo ao ocorrido em Angola nas últimas semanas, onde autoridades do país deportaram ilegalmente 18 missionários brasileiros da Igreja Universal do Reino de Deus, o deputado estadual Jurailton Santos (Republicanos), emitiu na última terça-feira (18), na Assembleia Legislativa da Bahia, uma Moção de Repúdio contra o Governo angolano, que agiu de forma arbitrária, ferindo a Constituição do país.
Convocados pelo serviço de imigração para uma suposta audiência, os missionários ficaram presos durante horas, em uma sala sem água e sem comida. Em seguida, foram surpreendidos por agentes da polícia e do Ministério da Saúde do local, que após a realização do teste da Covid-19, receberam a notícia de que seriam deportados, sendo enviados pelas autoridades angolanas para o Brasil apenas com a roupa do corpo, sem a presença dos seus familiares.
Jurailton repudia a atitude do Governo angolano, e considera que as ações executadas por eles são nocivas aos direitos humanos, evidenciando o quanto o país não age de forma transparente. “É impossível não ficar indignado com o que vem acontecendo em Angola. Como legislador, me sinto no dever de acompanhar e cobrar a prevalência e o respeito aos direitos básicos dos cidadãos. A situação vai muito além de uma perseguição religiosa, ela se tornou um problema que envolve a diplomacia entre os dois países. Aguardamos o posicionamento do governo brasileiro. Onde estão as embaixadas, que atuam na defesa e nos interesses do país, socorrendo compatriotas em dificuldades, sobretudo, aos que têm seus direitos fundamentais ameaçados?”, questiona o republicano, que é pastor da instituição há 23 anos.
Desde 2019, missionários brasileiros e membros da Igreja Universal em Angola sofrem perseguição, omissão e arbitrariedades. Além disso, grupos de dissidentes formados por ex-pastores, agiam com muita violência, invadindo templos da Universal em várias cidades do país, obrigando pastores a abandonarem suas residências. Recentemente, como mais uma forma de repressão, o Governo angolano interrompeu as transmissões da Record TV África, alegando desacordos em relação aos requisitos legais para o exercício da atividade jornalística no país, numa tentativa de silenciar os fatos.
Foto: Demetrio Koch
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